quarta-feira, 16 de março de 2011

O upgrade da democracia

  O nosso regime democrático durante anos evoluiu para pior, cedeu perante a voracidade da sociedade consumista e foi contaminado pelo mercado económico. 
  Esta nova estrutura de poder democrático que apresentamos tem como objectivo central permitir criar mecanismos de defesa contra o poder exacerbado que tudo pode destruir.
  Em oposição a esta característica actual, podemos fazer uso das novas tecnologias instituindo o “Informativismo” num conceito de virtualidade comunicacional como “verdade” global, sem confronto crítico com os distintos atuantes dessa “verdade", utilizando esses recursos tecnológicos aplicados também às vertentes financeiras, políticas, sociais e domésticas, numa perspetiva dramatúrgica em que as todas as pessoas podem assistir e participar mais ativamente, nos gabinetes já existentes, e permitir o acesso público a centros comunitários sociais, para uma maior e mais prática aplicação do direito ao voto, e a uma assídua convocação a referendos.

  Isto é, com o recurso à internet a democracia sofre um upgrade que possibilita a transparência de todas as actividades governamentais.
  Uma democracia em direto retira poder aos políticos e impede que o partido eleito se instale no poder, tal como um senhor feudal no alto castelo que tudo decide e nada justifica, podendo por delapidação continuar a levar o país ao colapso total.
  Não podemos continuar a permitir a qualquer governo que faça, queira, e mande, enriquecendo ilicitamente os da sua cor política, explorando um mercado que se diz livre, mas que na realidade está sujeito à cartelização e monopólio dos investidores nas campanhas eleitorais.
  Um governo para exercer a democracia, deve ser regulado. Tem de haver um organismo isento responsável pelas eleições, fiscalizador de fundos e patrocínios ilegais. Não existe regulação do sistema político sem a regulação do sistema económico e financeiro. A banca não pode continuar a ditar as regras do país. Deve ser o poder político a propor as leis ao país, regulados por esse novo organismo executivo, também responsável por verificar as promessas políticas.
  As principais decisões, as leis fundamentais, bem como todas as construções onerosas, devem ser submetidas a decisão por referendo. Tal poder de decisão deve ser retirado da alçada dos políticos para que tantos erros graves não voltem acontecer.
  Neste processo todos os eleitores são convocados a intervir continuamente na gestão do pais.
  Propomos o referendo mensal com um mínimo de dez convocações por ano, para os principais assuntos. As assembleias de voto convencionais devem continuar a existir, e incluir no recenseamento eleitoral um site na internet para a votação através do cartão de cidadão.

  É fundamental informatizar as todas as câmaras municipais, juntas de freguesia, escolas e todos os locais de voto, continuar com apoio e auxílio nos mesmos serviços, para que todas as pessoas possam votar e colaborar com uma nova estrutura de governo. 

  Desta forma, o trabalho dos políticos é continuamente avaliado pela decisão dos eleitores. O político no exercício do poder é um apresentador de propostas, que na assembleia tem o dever de empregar todos os meios para o esclarecimento das mesmas, em simultâneo com a constante informação pública de prestação de contas. 
  O partido eleito não pode fruir de poder ilimitado, não pode ser permitido ao político colapsar o país e de empenhar as gerações futuras.  

2 comentários:

  1. Sim temos uma democracia de ditadores (ou de aprendizes de ditadores)
    Apesar de tudo seguir a sua própria evolução e correndo o risco de sofrer influências seria positivo organizar um fórum sob a forma associativa ou não, onde seria discutida e tratada informação sobre o país.
    Esta proposta destina-se a constituir algo que equilibre a influência que os governos têm na sociedade portuguesa.

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